sábado, 17 de outubro de 2009

Danos Propositais

Acredito que se não fosse essa insônia amorosa que circunda dentro de mim, teria um pouco mais de paz dentro de meu ser.
Me sinto tão inocente, pequena, imatura perante essa coisa que chamamos de amor que sou capaz de machucar alguém uma, duas, três vezes no amor espiritual. Já não sei bem ao certo quem realmente sou, os prodígios de minha memória já não me respondem, sou tão insensata perante isso que sou capaz de numa colher de chá transparecer toda a minha insanidade amorosa. Então, chego a ponto de me criticar cruelmente, me perguntando: O que é o amor? O que é sofrer? O que é a realidade? Será algo que num simples piscar de olhos revelamos ou será algo que nem o verdadeiro sábio é capaz de decifrar?
Minha rebeldia crucial está a ponto de se explodir, devido a minha insensatez e desvaneio dos demais.
Sou alguém flexível que pelo mistério amoroso sou tão ingênua que delimito-me a um coração insano de pudim, mas ao mesmo tempo sou tão determinante e subjacente às coisas que julgo certo.
Até aqui não me revelei contorno ao meu ser, julgo-me oculta na parede escura. Só vos digo com meus danos propositais que sou alguém infantil amorosamente e tão adulta no meu receio espiritual de boa moça.

Milena S.

2 comentários:

  1. Esse é melhor ainda,vc parece aqueles poetas do romantismo(eu acho,mas não sei se é adequada a classificação,já que isso é careta e arcaico,mas enfim o que quero dizer :vejo uma adolescente cheia de ideias,de vida e sentimentos e conseguindo expressar se,isso é muito bacana. parabéns,continue.
    bjus
    salete

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  2. Obrigada, eu me inspiro muito pra escrever em Shakespeare, no que vem lá do Trovadorismo, Classicismo também.

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